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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Guerra de facções causa morte de criança de 7 anos



SÃO LUÍS - A guerra de facções criminosas na capital maranhense causou a morte trágica, no fim da manhã deste domingo, 6, de uma criança identificada como Pedro Matias Reis Martins, de apenas 7 anos.
Edgleyson Ray Garcia, autor do crime
 O caso aconteceu na Rua da Fofoca, no Bairro de Fátima, em São Luís. De acordo com informações da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), um homem identificado como Edgleyson Ray Garcia, de 26 anos, membro de uma facção, adentrou a via atirando contra Djavan Estefânio Lopes, de idade não revelada e que seria membro de uma facção rival.

Edgleyson foi preso no início da tarde de ontem e encaminhado à SHPP. Ele estava com a arma usada no crime, com oito munições. Após prestar depoimento, Edgleyson foi transferido para Pedrinhas. Um comparsa dele, que não teve o nome revelado, também foi preso. Ele teria ajudado o autor do crime a esconder a arma usada.

Sobre o caso, de acordo com a polícia, ao entrar na via disparando, um dos tiros perfurou um dos olhos de Pedro Martins, que retornava da igreja por volta das 10h40 ao lado de sua mãe, que não teve o nome revelado. Outro tiro disparado por Edgleyson atingiu o tórax de Djavan, que foi levado para o Hospital Socorrão I, onde se submeteu a uma cirurgia.

Quanto à criança, após a mãe perceber que foi atingida, várias pessoas gritaram desesperadas pedindo ajuda. Ele ainda chegou a ser levado para uma unidade de saúde, mas já chegou sem vida. Familiares de Pedro Matias, ainda abalados, estiveram no início da tarde de ontem na sede da SHPP, na Beira-Mar, para prestar esclarecimentos. Segundo familiares da vítima, eles não tinham qualquer relação com a rixa entre Edgleyson e Djavan.

Após ser constatada a morte, o corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, liberado para os familiares. Já os parentes de Djavan estiveram ontem na SHPP e também informaram a O Estado que ele seria vítima no caso. “Ele não teve qualquer culpa nessa história”, disse uma parente de Djavan, que não quis revelar o nome dela.

Djavan também esteve na SHPP prestando esclarecimentos. Segundo o delegado Arthur Benazzi, por pouco a tragédia não foi ainda maior, já que, no momento dos disparos, Djavan estava segurando o filho dele em seu colo, de apenas dois anos de idade. “Por pouco, essa criança, o filho do Djavan, também não foi atingida”, disse Benazzi. Ele confirmou a O Estado ainda que, num primeiro momento, Djavan não seria preso. “Neste caso, ele foi vítima”, confirmou