Todos juntos e misturados, a junção dos Arosos com Sobreiros
A política em Paço do Lumiar continua
exigindo do cidadão mais do que ele é capaz de oferecer,
quando se trata de entender a esquizofrenia de quem detém cargos e responsabilidade pública com o que diz ou faz. Como entender agora os comportamentos do ex-prefeito Josemar Sobreiro, da ex-prefeita Bia Arôso e da vereadora Carmen Arôso, inimigos ferrenhos, quando há bem pouco dias estavam os três no mesmo palanque (disfarçado de aniversário), abraçando os mesmos candidatos e projetos, lado a lado fazendo coraçãozinho para os fotógrafos registrarem? Com isso, sobram declarações contraditórias e são formadas alianças consideradas impensáveis no passado.
quando se trata de entender a esquizofrenia de quem detém cargos e responsabilidade pública com o que diz ou faz. Como entender agora os comportamentos do ex-prefeito Josemar Sobreiro, da ex-prefeita Bia Arôso e da vereadora Carmen Arôso, inimigos ferrenhos, quando há bem pouco dias estavam os três no mesmo palanque (disfarçado de aniversário), abraçando os mesmos candidatos e projetos, lado a lado fazendo coraçãozinho para os fotógrafos registrarem? Com isso, sobram declarações contraditórias e são formadas alianças consideradas impensáveis no passado.
São coisas assim que minam o crédito
das pessoas na política e que deveriam merecer uma melhor reflexão de líderes
do tamanho destes três que desfilam incoerências em meio a uma disputa que só
objetiva uma coisa: poder.
Adversários históricos em campanhas
municipais, Arôsos e Sobreiros travaram disputas repletas de trocas de
acusações de corrupção, bordões eleitorais pontiagudos e bate-bocas. O episódio
mais famoso, ocorrido na campanha de 2012, envolvendo os aliados dos Arôsos,
que, irritados com a larga vantagem de Josemar nas pesquisas eleitorais, cravou
a célebre frase: “Josemar, é um bocó!”.
As urnas confirmaram, o que diziam as
pesquisas e Josemar Sobreiro conseguiu se eleger com uma votação esmagadora,
com o discurso anti-aroso. O ex-prefeito entrou pra história, com o primeiro
político a derrota o clã arôso, em Paço do Lumiar.
Agora, os sobreiros vivem seus tempos
de arosos. Amizade e inimizade na política são uma questão bastante simples de
entender e difícil para o cidadão comum aceitar. A simplicidade está no fato de
inimigos políticos serem amigos pessoais e, não raro, aliados políticos serem
inimigos. Os interesses pessoais, em geral de natureza econômica, se impõem
diante de qualquer desavença, pois, em geral, é o dinheiro que move a política.
Na grupo Arôso, por exemplo, as inimizades entre os grupos de Amadeu Arôso e
Gilberto Arôso sempre foram a tônica. Todos sempre falaram mal de todos, e o
ciúme sempre foi generalizado. Muitos nunca perdoaram o acaso ter levado Bia,
ao comando do executivo.
Os acontecimentos relatados mostram,
apenas, que amizade e inimizade são duas moedas com as mesmas faces: a imagem
do interesse coroada pelo poder.